terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ticiano Vecellio

 Tiziano Vecellio nasceu em Pieve di Cadore por volta de 1490. Aos nove anos de idade foi enviado a Veneza para viver com um tio e tornou-se aprendiz de Sebastiano Zuccato, mestre de mosaico. Pouco depois ingressou no ateliê de Gentile Bellini.

     Seus maiores mestres, no entanto, foram Giovanni Bellini, irmão de Gentile, e Giorgione Castelfranco, renovador da pintura veneziana. Em 1508 colaborou com Giorgione na decoração do Fondaco dei Tedeschi, trabalho preservado em forma fragmentária.

     Após a morte prematura de Giorgione em 1510, Ticiano encarregou-se de terminar vários dos quadros do mestre, como a "Vênus adormecida" e o "Concerto campestre", o que gerou polêmicas posteriores sobre a autoria principal dessas obras. Depois passou a trabalhar sozinho e provocou escândalo ao pintar nus em cenas bíblicas e em paisagens venezianas conhecidas.

     Os trabalhos de Ticiano nessa fase, entre eles os afrescos da Scuola del Santo em Pádua, a "Fuga para o Egito" e a alegoria "Amor sacro e amor profano", ainda revelam a influência do estilo paisagístico e idealista, assim como a preocupação com a luz, características do estilo de Giorgione, mas também possuem vitalidade naturalista original.

     Ticiano consagrou-se em plena maturidade com a monumental tela "Assunção da Virgem". Durante os anos seguintes deu mostras de seu gênio versátil ao alternar a criação de cenas mitológicas de marcante sensualidade e luminosidade quente -- "Bacanal", "Baco e Ariana" -- com quadros religiosos caracterizados pela intensa dramaticidade, firme modelagem das figuras e tendência aos contrastes de luz e sombras, como a "Madona Pesaro" e "Descida ao túmulo".

     Nessa época, Ticiano passou a dedicar-se ao retrato, gênero em que alcançou profundidade psicológica ao procurar transmitir a personalidade de seus retratados pela escolha da atitude e intensidade do olhar, além da valorização das mãos.

     Em 1530, Ticiano assistiu à coroação, em Bolonha, do imperador Carlos V, que se converteu em seu principal patrono. O rei nomeou-o pintor da corte três anos depois e lhe concedeu um título de nobreza, fato inusitado que revela o prestígio conquistado pelo artista.

                                               
 



Santa Maria Madalena
(Madalena penitente)
(1530-1535)







     

         
Por:Stephane Melo

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